Aliança internacional para a proteção dos isolados
Em novembro de 2005, foi realizado em Belém (PA) o Primeiro Encontro Internacional sobre Índios Isolados que vivem em países Amazônicos e no Gran Chaco, organizado pela Coordenação Geral de Índios Isolados/Funai (CGII), e pelo Centro de Trabalho Indigenista (CTI). O evento contou com a participação de mais de sessenta pessoas. Além dos representantes do Brasil, compareceram delegações do Peru, Colômbia, Equador, Bolívia e Paraguai – cujos casos foram apresentados e discutidos com participantes que representavam 36 instituições_ e países como a Noruega, Estados Unidos, Inglaterra, Espanha, França e Nova Zelândia.
Como resultado final das apresentações e análise dos casos e das sugestões, foi elaborado um documento final, exigindo que os governos dos países onde se encontram esses índios tomem medidas para proteger seus habitats, seus direitos e o respeito à decisão pelo não-contato com os órgãos oficiais, se assim desejarem.
O indigenista Sydney Possuelo – que na época coordenava a CGII – reafirmou sua política de apenas contatar os isolados em caso de grande risco e também a necessidade de respeitar a autonomia e isolamento desses povos. Para justificar a escolha, Possuelo fez um balanço geral da situação de vários povos que foram contatados e se encontram em situações muito difíceis, com seu futuro seriamente ameaçado.
Outras leituras
Para ler o documento final do encontro, veja a matéria ''Proteção e reconhecimento dos índios isolados''