De Pueblos Indígenas en Brasil
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VÍDEO: No Parlamento Italiano, indígenas externam preocupação com política do governo Bolsonaro
17/10/2019
Autor: Guilherme Cavalli
Fonte: Conselho Indigenista Missionário - https://cimi.org.br
Durante a sessão com deputados italianos, lideranças pontuaram o não cumprimento das condições constitucionais que garante o território tradicional dos povos.
Por Guilherme Cavalli, da Assessoria de Comunicação Cimi
Na manhã de hoje (17) indígenas dos povos Xukuru, Canamary e Kassupá estiveram no Parlamento Italiano para denunciar as violões de direitos humanos no Brasil. Durante a sessão, as lideranças pontuaram o não cumprimento das condições constitucionais que garante o território tradicional dos povos. No Brasil, são mais de 821 terras indígenas com alguma pendência administrativa que paralisa a demarcação do território. No encontro foi entregue o Relatório de Violência contra Povos Indígenas no Brasil - dados 2018.
A Constituição Federal de 1988 estabeleceu o reconhecimento aos indígenas de sua organização social, costumes, línguas e tradições e estabeleceu o prazo de cinco anos para que o poder Executivo demarcasse os territórios tradicionais. Contudo, como assumiu José Luis Kassupá no encontro com deputados italianos, "o que vemos é um estado que não cumpre com suas obrigações constitucionais". "Viemos aqui para apresentar o triste relato da realidade do país. Denunciamos os retrocessos de direitos, as invasões de nossas terras e a indiferença do governo federal com os artigos 231 e 232 da Constituição, que exige a demarcação".
"A proposta do atual governo é exterminar os povos indígenas, acabar com seus direitos e com suas culturas", firmou a liderança de Rondônia durante a reunião.
Thoda Canamary, indígena do Amazonas, lembrou que Jair Bolsonaro "insiste em um discurso mentiroso que os indígenas atrapalham o desenvolvimento do país". O indígena titula o modelo proposto como "sem futuro". "O que se pensa hoje é em tirar a madeira, fazer mineração, plantar soja. Não se tem a capacidade de olhar um pouco mais adiante. No futuro, se esse projeto do governo vier a acontecer, teremos uma realidade de morte", lamentou a liderança.
Para Luis Ventura, missionário do Conselho Indigenista Missionário e membro do grupo que esteve no Parlamento, a conjuntura da política indigenista enfrenta um "desmantelamento" que compromete a vida das populações tradicionais. "O novo Governo afirmou, em reiteradas ocasiões, que não demarcará novos territórios indígenas. Além disso, o presidente afirma que irá abrir as terras já demarcadas para grandes empreendimentos econômicos relacionados a mineração, o agronegócio, o arrendamento de terras, ou grandes projetos de infraestruturas".
O indigenista que atua em Roraima convocou os deputados presentes a assumirem a responsabilidade internacional. "É um caminho fundamentalmente necessário que os países da União Europeia continuem trabalhando para estabelecer normas que obriguem às empresas, de origem europeia ou com sede aqui, a atuar em outros países garantindo em todo momento os direitos humanos fundamentais das populações.
https://cimi.org.br/2019/10/59624/
Por Guilherme Cavalli, da Assessoria de Comunicação Cimi
Na manhã de hoje (17) indígenas dos povos Xukuru, Canamary e Kassupá estiveram no Parlamento Italiano para denunciar as violões de direitos humanos no Brasil. Durante a sessão, as lideranças pontuaram o não cumprimento das condições constitucionais que garante o território tradicional dos povos. No Brasil, são mais de 821 terras indígenas com alguma pendência administrativa que paralisa a demarcação do território. No encontro foi entregue o Relatório de Violência contra Povos Indígenas no Brasil - dados 2018.
A Constituição Federal de 1988 estabeleceu o reconhecimento aos indígenas de sua organização social, costumes, línguas e tradições e estabeleceu o prazo de cinco anos para que o poder Executivo demarcasse os territórios tradicionais. Contudo, como assumiu José Luis Kassupá no encontro com deputados italianos, "o que vemos é um estado que não cumpre com suas obrigações constitucionais". "Viemos aqui para apresentar o triste relato da realidade do país. Denunciamos os retrocessos de direitos, as invasões de nossas terras e a indiferença do governo federal com os artigos 231 e 232 da Constituição, que exige a demarcação".
"A proposta do atual governo é exterminar os povos indígenas, acabar com seus direitos e com suas culturas", firmou a liderança de Rondônia durante a reunião.
Thoda Canamary, indígena do Amazonas, lembrou que Jair Bolsonaro "insiste em um discurso mentiroso que os indígenas atrapalham o desenvolvimento do país". O indígena titula o modelo proposto como "sem futuro". "O que se pensa hoje é em tirar a madeira, fazer mineração, plantar soja. Não se tem a capacidade de olhar um pouco mais adiante. No futuro, se esse projeto do governo vier a acontecer, teremos uma realidade de morte", lamentou a liderança.
Para Luis Ventura, missionário do Conselho Indigenista Missionário e membro do grupo que esteve no Parlamento, a conjuntura da política indigenista enfrenta um "desmantelamento" que compromete a vida das populações tradicionais. "O novo Governo afirmou, em reiteradas ocasiões, que não demarcará novos territórios indígenas. Além disso, o presidente afirma que irá abrir as terras já demarcadas para grandes empreendimentos econômicos relacionados a mineração, o agronegócio, o arrendamento de terras, ou grandes projetos de infraestruturas".
O indigenista que atua em Roraima convocou os deputados presentes a assumirem a responsabilidade internacional. "É um caminho fundamentalmente necessário que os países da União Europeia continuem trabalhando para estabelecer normas que obriguem às empresas, de origem europeia ou com sede aqui, a atuar em outros países garantindo em todo momento os direitos humanos fundamentais das populações.
https://cimi.org.br/2019/10/59624/
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