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Leilão de áreas de petróleo vende 34 blocos, inclusive na Foz do Amazonas, e arrecada R$ 989 milhões
17/06/2025
Fonte: OESP - https://www.estadao.com.br/
Leilão de áreas de petróleo vende 34 blocos, inclusive na Foz do Amazonas, e arrecada R$ 989 milhões
Venda de áreas na região amazônica é alvo de protestos, por causa do risco ambiental; ágio total da negociação foi de 534,47%, com nove empresas participantes
Denise Luna e Gabriela da Cunha
17/06/2025
Após um ano sem leilões de áreas de petróleo e gás natural no Brasil, o 5o Ciclo da Oferta Permanente de Concessão (OPC) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), vendeu 34 blocos de 172 ofertados e arrecadou R$ 989,2 milhões.
A venda inclui blocos localizados na bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, o que é um tema polêmico em razão do risco ambiental, com disputas políticas e judiciais.
A bacia da Foz do Amazonas é uma das cinco que compõem a Margem Equatorial brasileira, a última grande fronteira petrolífera no Brasil e considerada uma espécie de segundo pré-sal.
A Petrobras adquiriu áreas na foz em dois lances diferentes. O leilão é feito em partes e divide as regiões que são negociadas de cada vez.
Um dos consórcios da Petrobras foi formado com a Exxon e adquiriu a concessão de dois blocos da bacia da Foz do Amazonas por R$ 10,5 milhões.
O consórcio Petrobras/Exxon prevê investimentos mínimos de R$ 109,8 mi nos 2 blocos da Foz.
Um outro setor da bacia da Foz do Amazonas recebeu ofertas lideradas por Chevron e Petrobras. No total, foram leiloados 8 blocos por R$ 305,1 milhões, com ágio de 691% e investimento de R$ 305,1 mi das companhias.
A estatal foi a empresa que mais levou blocos no leilão: 13 dos 34 vendidos.
A Petrobras programa investir US$ 3,1 bilhões até 2029 na exploração da Margem Equatorial.
Ao todo, a ANP faz a oferta de 47 blocos na Bacia da Foz do Amazonas. Essa foi a primeira vez que setores disponíveis na bacia da Foz do Amazonas entraram em oferta desde a implementação da OPC.
Protestos contra o leilão
Cerca de 250 pessoas se concentraram em frente ao local do leilão, no Rio de Janeiro. Líderes de povos indígenas do estado do Mato Grosso, membros de sindicatos da indústria petroleira e representantes da sociedade civil criticavam o leilão.
Nicole Figueiredo de Oliveira, diretora executiva do Instituto Internacional Arayara, diz que dos blocos da bacia do Foz do Amazonas, 45 estão sendo ofertados sem "a devida análise ambiental".
"São áreas sensíveis e biodiversas da Amazônia e que estão sendo ofertadas no ano da COP30. Já apresentamos cinco ações civis públicas e vamos continuar questionando esse leilão", declarou ao Estadão/Broadcast.
Essa é a primeira vez que setores disponíveis na bacia da Foz do Amazonas entraram em oferta desde a implementação da OPC.
Um dos pontos criticados pelo representantes dos povos indígenas Tapayuna, Manoki e Parecis foi a "rapidez" do governo federal em mapear as áreas que podem ser exploradas por empresas do exterior, enquanto a demarcação dos territórios é alvo de questionamentos no Congresso e de avaliação do no Supremo Tribunal Federal (STF).
Ágio total do leilão passou de 530%
Não houve requerimento para repescagem do leilão de áreas de petróleo e gás natural.O ágio total da negociação foi de 534,47%, com nove empresas participantes. Os investimentos previstos somam R$ 1,4 bilhão.
Os cálculos do Ministério de Minas e Energia prévios ao leilão mostravam que o potencial era arrecadar R$ 444 milhões em bônus de assinatura e mais de R$ 3,2 bilhões em investimentos exploratórios mínimos.
O prazo para a apresentação dos documentos de qualificação das licitantes vencedoras termina no dia 9 de julho. Outras três etapas documentais estão previstas antes da assinatura dos contratos de concessão, marcada para 28 de novembro.
A ANP diz que, para garantir que a exploração ocorra de forma sustentável, foram aprovados critérios adicionais às rodadas de licitação.
"Foram feitos ajustes para proteger áreas adjacentes a terras indígenas, territórios quilombolas e áreas de preservação. Essa medida representa um avanço significativo na oferta de áreas que alinhem aspectos sociais e ambientais e excluindo as áreas mais sensíveis", declarou Patrícia Baran, diretora geral interina da ANP, durante seu pronunciamento.
https://www.estadao.com.br/economia/leilao-petroleo-anp/
Venda de áreas na região amazônica é alvo de protestos, por causa do risco ambiental; ágio total da negociação foi de 534,47%, com nove empresas participantes
Denise Luna e Gabriela da Cunha
17/06/2025
Após um ano sem leilões de áreas de petróleo e gás natural no Brasil, o 5o Ciclo da Oferta Permanente de Concessão (OPC) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), vendeu 34 blocos de 172 ofertados e arrecadou R$ 989,2 milhões.
A venda inclui blocos localizados na bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, o que é um tema polêmico em razão do risco ambiental, com disputas políticas e judiciais.
A bacia da Foz do Amazonas é uma das cinco que compõem a Margem Equatorial brasileira, a última grande fronteira petrolífera no Brasil e considerada uma espécie de segundo pré-sal.
A Petrobras adquiriu áreas na foz em dois lances diferentes. O leilão é feito em partes e divide as regiões que são negociadas de cada vez.
Um dos consórcios da Petrobras foi formado com a Exxon e adquiriu a concessão de dois blocos da bacia da Foz do Amazonas por R$ 10,5 milhões.
O consórcio Petrobras/Exxon prevê investimentos mínimos de R$ 109,8 mi nos 2 blocos da Foz.
Um outro setor da bacia da Foz do Amazonas recebeu ofertas lideradas por Chevron e Petrobras. No total, foram leiloados 8 blocos por R$ 305,1 milhões, com ágio de 691% e investimento de R$ 305,1 mi das companhias.
A estatal foi a empresa que mais levou blocos no leilão: 13 dos 34 vendidos.
A Petrobras programa investir US$ 3,1 bilhões até 2029 na exploração da Margem Equatorial.
Ao todo, a ANP faz a oferta de 47 blocos na Bacia da Foz do Amazonas. Essa foi a primeira vez que setores disponíveis na bacia da Foz do Amazonas entraram em oferta desde a implementação da OPC.
Protestos contra o leilão
Cerca de 250 pessoas se concentraram em frente ao local do leilão, no Rio de Janeiro. Líderes de povos indígenas do estado do Mato Grosso, membros de sindicatos da indústria petroleira e representantes da sociedade civil criticavam o leilão.
Nicole Figueiredo de Oliveira, diretora executiva do Instituto Internacional Arayara, diz que dos blocos da bacia do Foz do Amazonas, 45 estão sendo ofertados sem "a devida análise ambiental".
"São áreas sensíveis e biodiversas da Amazônia e que estão sendo ofertadas no ano da COP30. Já apresentamos cinco ações civis públicas e vamos continuar questionando esse leilão", declarou ao Estadão/Broadcast.
Essa é a primeira vez que setores disponíveis na bacia da Foz do Amazonas entraram em oferta desde a implementação da OPC.
Um dos pontos criticados pelo representantes dos povos indígenas Tapayuna, Manoki e Parecis foi a "rapidez" do governo federal em mapear as áreas que podem ser exploradas por empresas do exterior, enquanto a demarcação dos territórios é alvo de questionamentos no Congresso e de avaliação do no Supremo Tribunal Federal (STF).
Ágio total do leilão passou de 530%
Não houve requerimento para repescagem do leilão de áreas de petróleo e gás natural.O ágio total da negociação foi de 534,47%, com nove empresas participantes. Os investimentos previstos somam R$ 1,4 bilhão.
Os cálculos do Ministério de Minas e Energia prévios ao leilão mostravam que o potencial era arrecadar R$ 444 milhões em bônus de assinatura e mais de R$ 3,2 bilhões em investimentos exploratórios mínimos.
O prazo para a apresentação dos documentos de qualificação das licitantes vencedoras termina no dia 9 de julho. Outras três etapas documentais estão previstas antes da assinatura dos contratos de concessão, marcada para 28 de novembro.
A ANP diz que, para garantir que a exploração ocorra de forma sustentável, foram aprovados critérios adicionais às rodadas de licitação.
"Foram feitos ajustes para proteger áreas adjacentes a terras indígenas, territórios quilombolas e áreas de preservação. Essa medida representa um avanço significativo na oferta de áreas que alinhem aspectos sociais e ambientais e excluindo as áreas mais sensíveis", declarou Patrícia Baran, diretora geral interina da ANP, durante seu pronunciamento.
https://www.estadao.com.br/economia/leilao-petroleo-anp/
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