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Fundo Amazônia tem recorde com R$ 1 bi de projetos aprovados no 1o semestre de 2025
16/06/2025
Fonte: FSP - https://www1.folha.uol.com.br/
Fundo Amazônia tem recorde com R$ 1 bi de projetos aprovados no 1o semestre de 2025
Volume de repasses supera resultados anuais desde a criação do fundo, em 2009; recursos são oferecidos a fundo perdido, sem necessidade de reembolso
16/06/2025
André Borges
O Fundo Amazônia, iniciativa que tem o objetivo de viabilizar o apoio nacional e internacional a projetos para a conservação e uso sustentável das florestas, registrou um volume recorde de repasses no primeiro semestre de 2025.
Ao todo, foram aprovados aportes que somam R$ 1,19 bilhão no período, volume que supera o total registrado anualmente, desde a criação do fundo, em 2009.
Até então, o melhor desempenho havia sido o do ano passado, quando as aprovações somaram R$ 947 milhões, em valores já corrigidos pela inflação. Em 2023, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que é o gestor do fundo, aprovou R$ 584 milhões em apoios, após quatro anos de paralisação no governo Bolsonaro (PL).
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (16), em Brasília, pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. O evento teve participação da diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello e do secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, além de representantes de outros oito ministérios, dos nove estados da Amazônia Legal e entidades da sociedade civil que compõem o comitê orientador e de doadores do fundo.
Após um período de paralisação, de 2019 a 2022, o fundo voltou a operar e acumula R$ 5,6 bilhões aprovados em projetos até junho de 2025, dos quais R$ 2,7 bilhões foram efetivamente desembolsados.
De 2023 a 2025, o fundo recebeu novos aportes de diversos países e entidades multilaterais. A Noruega, que é o maior doador, repassou R$ 349 milhões, enquanto Reino Unido injetou R$ 255 milhões e a União Europeia, R$ 121 milhões. Países como Dinamarca, Japão, Suíça, Estados Unidos e Alemanha também estão entre os doadores.
Em março, a Irlanda anunciou sua primeira doação, de 15 milhões de euros, o equivalente a R$ 91 milhões.
O valor total de novas doações anunciadas chega a R$ 1,5 bilhão, dos quais R$ 1,1 bilhão já internalizados no Brasil. Ao todo, 133 projetos foram aprovados para receber recursos. Os projetos se concentram em unidades de conservação, terras indígenas, quilombolas e assentamentos.
Um dos maiores projetos aprovados recentemente, com repasse de R$ 825,7 milhões, é voltado à modernização da fiscalização ambiental do Ibama, com o objetivo de reduzir o desmatamento ilegal com uso intensivo de tecnologia e reforço logístico.
O BNDES, como gestor do fundo, firma contratos de apoio financeiro não reembolsável com base nos critérios do comitê orientador. As doações são feitas por países e organizações multilaterais e não geram obrigações financeiras para os beneficiários brasileiros, apenas obrigações de prestação de contas e resultados mensuráveis.
ENTENDA COMO O FUNDO AMAZÔNIA PODE SER USADO
Para onde vai o dinheiro
O propósito do fundo é captar dinheiro para projetos de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, além de ações de conservação e uso sustentável do bioma amazônico, mas até 20% dos recursos podem ser usados para outros biomas.
Quem recebe
Os projetos podem ser propostos pelos governos federal e estaduais, por organizações sem fins lucrativos, instituições multilaterais e também por empresas.
Governança
A gestão do fundo é feita pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) junto a dois comitês: um técnico, que certifica dados e cálculos de emissões, e outro orientador, com membros da sociedade civil, que define critérios para aplicação de recursos.
Redd, uma sigla brasileira
O mecanismo funciona de acordo com os parâmetros de Redd (Redução de Emissões vindas de Desmatamento e Degradação), proposto pelo Brasil na conferência do clima da ONU de 2006. O Fundo Amazônia virou referência para as definições de salvaguardas do mecanismo global de Redd, adotadas nos anos seguintes.
Saída diplomática
O fundo busca, simultaneamente, estimular a confiança dos doadores sobre a efetividade da aplicação de recursos e financiar florestas sem gerar créditos de carbono (espécie de "direito para poluir"). No caso do Fundo Amazônia, as reduções de emissões de carbono entram na meta brasileira do Acordo de Paris e não são vendidas como contrapartida para os doadores.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2025/06/fundo-amazonia-tem-recorde-com-r-1-bi-de-projetos-aprovados-no-1o-semestre-de-2025.shtml
Volume de repasses supera resultados anuais desde a criação do fundo, em 2009; recursos são oferecidos a fundo perdido, sem necessidade de reembolso
16/06/2025
André Borges
O Fundo Amazônia, iniciativa que tem o objetivo de viabilizar o apoio nacional e internacional a projetos para a conservação e uso sustentável das florestas, registrou um volume recorde de repasses no primeiro semestre de 2025.
Ao todo, foram aprovados aportes que somam R$ 1,19 bilhão no período, volume que supera o total registrado anualmente, desde a criação do fundo, em 2009.
Até então, o melhor desempenho havia sido o do ano passado, quando as aprovações somaram R$ 947 milhões, em valores já corrigidos pela inflação. Em 2023, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que é o gestor do fundo, aprovou R$ 584 milhões em apoios, após quatro anos de paralisação no governo Bolsonaro (PL).
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (16), em Brasília, pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. O evento teve participação da diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello e do secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, além de representantes de outros oito ministérios, dos nove estados da Amazônia Legal e entidades da sociedade civil que compõem o comitê orientador e de doadores do fundo.
Após um período de paralisação, de 2019 a 2022, o fundo voltou a operar e acumula R$ 5,6 bilhões aprovados em projetos até junho de 2025, dos quais R$ 2,7 bilhões foram efetivamente desembolsados.
De 2023 a 2025, o fundo recebeu novos aportes de diversos países e entidades multilaterais. A Noruega, que é o maior doador, repassou R$ 349 milhões, enquanto Reino Unido injetou R$ 255 milhões e a União Europeia, R$ 121 milhões. Países como Dinamarca, Japão, Suíça, Estados Unidos e Alemanha também estão entre os doadores.
Em março, a Irlanda anunciou sua primeira doação, de 15 milhões de euros, o equivalente a R$ 91 milhões.
O valor total de novas doações anunciadas chega a R$ 1,5 bilhão, dos quais R$ 1,1 bilhão já internalizados no Brasil. Ao todo, 133 projetos foram aprovados para receber recursos. Os projetos se concentram em unidades de conservação, terras indígenas, quilombolas e assentamentos.
Um dos maiores projetos aprovados recentemente, com repasse de R$ 825,7 milhões, é voltado à modernização da fiscalização ambiental do Ibama, com o objetivo de reduzir o desmatamento ilegal com uso intensivo de tecnologia e reforço logístico.
O BNDES, como gestor do fundo, firma contratos de apoio financeiro não reembolsável com base nos critérios do comitê orientador. As doações são feitas por países e organizações multilaterais e não geram obrigações financeiras para os beneficiários brasileiros, apenas obrigações de prestação de contas e resultados mensuráveis.
ENTENDA COMO O FUNDO AMAZÔNIA PODE SER USADO
Para onde vai o dinheiro
O propósito do fundo é captar dinheiro para projetos de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, além de ações de conservação e uso sustentável do bioma amazônico, mas até 20% dos recursos podem ser usados para outros biomas.
Quem recebe
Os projetos podem ser propostos pelos governos federal e estaduais, por organizações sem fins lucrativos, instituições multilaterais e também por empresas.
Governança
A gestão do fundo é feita pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) junto a dois comitês: um técnico, que certifica dados e cálculos de emissões, e outro orientador, com membros da sociedade civil, que define critérios para aplicação de recursos.
Redd, uma sigla brasileira
O mecanismo funciona de acordo com os parâmetros de Redd (Redução de Emissões vindas de Desmatamento e Degradação), proposto pelo Brasil na conferência do clima da ONU de 2006. O Fundo Amazônia virou referência para as definições de salvaguardas do mecanismo global de Redd, adotadas nos anos seguintes.
Saída diplomática
O fundo busca, simultaneamente, estimular a confiança dos doadores sobre a efetividade da aplicação de recursos e financiar florestas sem gerar créditos de carbono (espécie de "direito para poluir"). No caso do Fundo Amazônia, as reduções de emissões de carbono entram na meta brasileira do Acordo de Paris e não são vendidas como contrapartida para os doadores.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2025/06/fundo-amazonia-tem-recorde-com-r-1-bi-de-projetos-aprovados-no-1o-semestre-de-2025.shtml
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