From Indigenous Peoples in Brazil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
News
Indígenas abrem a segunda semana da COP30 com marcha contra violência nos territórios
17/11/2025
Fonte: FSP - https://www1.folha.uol.com.br/
Indígenas abrem a segunda semana da COP30 com marcha contra violência nos territórios
Ministra Sonia Guajajara participa do ato e antecipa decisão do governo sobre demarcação de novos territórios durante a cúpula
Policiamento na entrada da conferência foi reforçado no dia do protesto
17/11/2025
Jorge Abreu
O movimento indígena realizou uma marcha nesta segunda-feira (17) pelas ruas de Belém (PA) para pedir a demarcação de terras como política de proteção dos biomas brasileiros. A manifestação marca o início da segunda semana da COP30, a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas.
O ato partiu às 8h30 da Aldeia COP, o alojamento indígena instalado na Escola de Aplicação da UFPA (Universidade Federal do Pará). O percurso terminou no Bosque Rodrigues Alves. Segundo os organizadores, o ato reuniu reuniu cerca de 4.000 indígenas do Brasil e de outros países.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, participou do ato e puxou um grupo de mulheres do povo guajajara do Maranhão com cânticos e danças tradicionais.
Mais tarde, a pasta de Sonia anunciou a preparação de quatro novas demarcações de terras indígenas, além de dez portarias declaratórias e mais seis estudos antropológicos que devem constar no pacote que o presidente Lula deve anunciar na COP30 -ele volta a Belém nesta quarta-feira (19).
A violência causada pelos conflitos territoriais com fazendeiros e garimpeiros foi abordada no ato. O caso mais recente, citado na marcha, foi de um indígena guarani-kaiowá, morto no domingo (16) na comunidade de Pyelito Kue, em Iguatemi (MS).
O território é palco de conflitos fundiários e passou por um processo recente de reocupação por parte dos guaranis-kaiowá. Além da morte de Vicente Fernandes Vilhalva Kaiowá e Guarani, 36, outros quatro indígenas ficaram feridos no ataque.
"Essa marcha é para trazer também essa mensagem importante da defesa da vida dos nossos defensores e defensoras, que estão fazendo a luta pelo nosso direito, pela luta territorial", disse Kleber Karipuna, coordenador da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil). "Não é possível que em pleno século 21 lideranças indígenas que estão lutando pelo seu direito sejam brutalmente assassinadas."
Os manifestantes carregaram a alegoria chamada "cobra ativista", que veio de Santarém (PA) para participar do evento.
O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Guilherme Boulos, criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante seu discurso no ato. "Vocês acompanharam os quatro anos anteriores com outro presidente, que eu não vou nem citar o nome para não trazer azar. Ele queria passar boiada, não demarcou uma única terra indígena", disse em um carro de som.
O policiamento da COP30 foi reforçado no dia da marcha indígena. Agentes da Força Nacional e da Polícia Militar do Pará cercam o acesso à zona azul (onde se reúnem diplomatas e autoridades) com mais de uma dezena de viaturas, e o bloqueio das ruas foi ampliado.
Voluntários da COP30 passaram a exigir a apresentação da credencial para o evento na entrada do hangar, algo que não acontecia antes. O acesso ao local costumava ser aberto, com um grande portão -agora, só é possível entrar em filas. Há cinco caminhões do Exército e dois ônibus da Polícia Federal dentro do perímetro da zona azul
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2025/11/indigenas-abrem-a-segunda-semana-da-cop30-com-protesto-contra-violencia-nos-territorios.shtml
Ministra Sonia Guajajara participa do ato e antecipa decisão do governo sobre demarcação de novos territórios durante a cúpula
Policiamento na entrada da conferência foi reforçado no dia do protesto
17/11/2025
Jorge Abreu
O movimento indígena realizou uma marcha nesta segunda-feira (17) pelas ruas de Belém (PA) para pedir a demarcação de terras como política de proteção dos biomas brasileiros. A manifestação marca o início da segunda semana da COP30, a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas.
O ato partiu às 8h30 da Aldeia COP, o alojamento indígena instalado na Escola de Aplicação da UFPA (Universidade Federal do Pará). O percurso terminou no Bosque Rodrigues Alves. Segundo os organizadores, o ato reuniu reuniu cerca de 4.000 indígenas do Brasil e de outros países.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, participou do ato e puxou um grupo de mulheres do povo guajajara do Maranhão com cânticos e danças tradicionais.
Mais tarde, a pasta de Sonia anunciou a preparação de quatro novas demarcações de terras indígenas, além de dez portarias declaratórias e mais seis estudos antropológicos que devem constar no pacote que o presidente Lula deve anunciar na COP30 -ele volta a Belém nesta quarta-feira (19).
A violência causada pelos conflitos territoriais com fazendeiros e garimpeiros foi abordada no ato. O caso mais recente, citado na marcha, foi de um indígena guarani-kaiowá, morto no domingo (16) na comunidade de Pyelito Kue, em Iguatemi (MS).
O território é palco de conflitos fundiários e passou por um processo recente de reocupação por parte dos guaranis-kaiowá. Além da morte de Vicente Fernandes Vilhalva Kaiowá e Guarani, 36, outros quatro indígenas ficaram feridos no ataque.
"Essa marcha é para trazer também essa mensagem importante da defesa da vida dos nossos defensores e defensoras, que estão fazendo a luta pelo nosso direito, pela luta territorial", disse Kleber Karipuna, coordenador da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil). "Não é possível que em pleno século 21 lideranças indígenas que estão lutando pelo seu direito sejam brutalmente assassinadas."
Os manifestantes carregaram a alegoria chamada "cobra ativista", que veio de Santarém (PA) para participar do evento.
O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Guilherme Boulos, criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante seu discurso no ato. "Vocês acompanharam os quatro anos anteriores com outro presidente, que eu não vou nem citar o nome para não trazer azar. Ele queria passar boiada, não demarcou uma única terra indígena", disse em um carro de som.
O policiamento da COP30 foi reforçado no dia da marcha indígena. Agentes da Força Nacional e da Polícia Militar do Pará cercam o acesso à zona azul (onde se reúnem diplomatas e autoridades) com mais de uma dezena de viaturas, e o bloqueio das ruas foi ampliado.
Voluntários da COP30 passaram a exigir a apresentação da credencial para o evento na entrada do hangar, algo que não acontecia antes. O acesso ao local costumava ser aberto, com um grande portão -agora, só é possível entrar em filas. Há cinco caminhões do Exército e dois ônibus da Polícia Federal dentro do perímetro da zona azul
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2025/11/indigenas-abrem-a-segunda-semana-da-cop30-com-protesto-contra-violencia-nos-territorios.shtml
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source